08 outubro 2009

Ferormônios - Parte IV


A escolha do "cheirinho ideal"

Enquanto os homens parecem, claramente, escolher parceiras que apresentam um equilíbrio desenvolvido, ou seja, são mais capazes de lidar com problemas, o papel desse fator na escolha feminina mostra-se mais complexo.

De acordo com a teoria parental, a escolha feminina estaria baseada em parceiros capazes de fornecer benefícios materiais, proteção e cuidados para a sobrevivência dos filhos. Por outro lado, os felizardos devem também oferecer vantagens hereditárias à descendência. Mas parece que esses dados nem sempre andam juntos. Os homens mais atraentes e com corpo mais simétrico (e possivelmente com maior equilíbrio) teriam maiores chances de aumentar seu potencial reprodutivo com múltiplas parceiras do que investindo em construir uma única família. Alguns pesquisadores demonstraram que os homens mais atraentes e simétricos apresentam mais relações intra e extraconjugais.

A estratégia feminina para escolher um parceiro teria, então, que estabelecer um acordo entre as necessidades materiais e os benefícios genéticos. A melhor solução seria que a mulher, em primeiro lugar, procurasse um parceiro no qual o investimento a longo prazo fosse mais confiável e, então, tentasse otimizar a carga genética de seus filhos mantendo relações com homens mais atraentes. Nessa questão, Baker afirma que, mulheres mais avançadas na escala de evolução, apresentam uma tendência aumentada a fazer uma "busca por genes", através de relações extraconjugais. Os sinais olfatórios e as respostas desencadeadas por eles seriam as pistas mais importantes nessa busca.

No período próximo à ovulação, as mulheres estariam mais sensíveis aos ferormônios masculinos, quando comparado às outras fases do ciclo. Isso poderia explicar os resultados encontrados no estudo citado acima. Além disso, parece que os efeitos dos ferormônios estariam na dependência da atuação do sistema imune do indivíduo que percebe o odor.

Fonte: Boa Saúde

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