12 fevereiro 2009

Pompoarismo - Parte IV


Especialistas alertam: melhora o sexo, mas não resolve problemas emocionais


Nos consultórios, ensina-se uma ginástica muito semelhante ao pompoarismo, baseada na técnica do ginecologista americano Arnold Kegel. Nos anos 50, ele recomendava às pacientes que contraíssem e relaxassem os músculos vaginais 500 vezes por dia. A quantidade de repetições era um exagero, como se comprovou mais tarde, mas os exercícios surtem resultados positivos: previnem e tratam problemas como flacidez pós-parto e incontinência urinária. Hoje, sabe-se que os exercícios de Kegel aliados à psicoterapia podem auxiliar no tratamento de vaginismo, distúrbio sexual em que a vagina permanece contraída durante a penetração provocando dor. "Só faz bem. A mulher cuida da saúde e passa a se conhecer melhor", afirma a terapeuta Maria do Carmo de Andrade Silva, coordenadora de mestrado em Sexologia da Universidade Gama Filho, no Rio de Janeiro. "Muita gente nem percebe a existência de alguns músculos na região pélvica, mas descobre que pode ter sensações muito prazerosas se movimentá-la." Segundo os especialistas, com treino é possível aprender movimentos que se assemelham às contrações que ocorrem de forma involuntária durante o orgasmo. O segredo é começar cedo. "A região pélvica sofre alterações a partir dos 25 anos. Precisa ser fortalecida para se manter saudável e sensível", diz Maria do Carmo. Mas o ginecologista Gerson Lopes, do Hospital Mater Dei, em Belo Horizonte, alerta: o pompoarismo não faz milagre para quem tem inibições emocionais que interferem na cama. "Sexo está mais na cabeça do que no corpo", afirma. Ou seja: se o emocional vai bem, a ginástica pode ser uma dose extra de prazer. Caso contrário, não faz efeito.
Encontre o ponto certo
Se você tiver dificuldade para localizar os músculos que vai exercitar, um bom truque é tentar parar o fluxo de urina e depois retomá-lo por duas ou três vezes seguidas. Procure manter ascoxas bem afastadas. Os músculos que você movimentar são os que terá de trabalhar. Eles fazem parte do grupo dos pubococcígeos e vão do osso pélvico (na frente de seu corpo) até o cóccix.
CONTINUA...

1 ...Comente!:

Loira e Morena disse...

Uall, todo dia passo aqui pra ler mais a respeito!

Beijaooo da Morena!